A Metamorfose de Franz Kafka

"Quando Gregor Samsa despertou, certa manhã, de um sonho agitado viu que se transformara, durante o sono, numa espécie monstruosa de insecto."

É deste modo que Kafka inicia a história de Gregor Samsa, um caixeiro-viajante "obrigado" que deixou de ter vida própria para suportar financeiramente todas as despesas de casa.

Numa manhã, ao acordar para o trabalho, Gregor vê que se transformou num inseto horrível com um "dorso duro e inúmeras patas". A princípio, as suas preocupações passam por pensamentos práticos relacionados com a sua metamorfose.

Depois, as preocupações passam para um estado mais psicológico e até mesmo sentimental. Gregor sente-se magoado pela repulsa dos pais perante a sua metamorfose. Apenas a irmã se digna a levar-lhe a alimentação, mas mesmo assim a repulsa e o medo também começam a se manifestar. A metamorfose de Gregor vai além da modificação física. É sobretudo uma alteração de comportamentos, atitudes, sentimentos e opiniões.

Gregor passa a analisar as coisas que o rodeiam com muito mais atenção. Outra metamorfose ocorre no seio familiar: o pai volta a trabalhar, a irmã (Grete) também arranja um emprego e passam a alugar quartos na própria casa onde habitam. As atitudes dos pais perante o filho retratam ao leitor a idéia que este era apenas o "sustento" da casa. A metamorfose de Kafka não conta apenas a história de um homem que se transformou num inseto. É sobretudo uma história de alerta à sociedade e aos comportamentos humanos. Nesta história, Kafka presenteia-nos com a sua escrita sui generis, retratando o desespero do homem perante o absurdo do mundo.

Interessante perceber que em nenhum momento da obra Gregor se dá conta realmente que se transformou num inseto. Apenas observa seus novos membros, órgãos e hábitos, mas com o tempo se acomoda na nova condição sem realmente entender no que se tornara.



quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Cerâmica - conceito

Conceito

Eu estou disposto a arriscar o aparecimento perante uma grande multidão com imensas críticas e preconceitos em relação á minha diferença, que é ter três cabeças.
Estou disposto a levar com olhares de pessoas criticadoras e preconceituosas em relação á diferença, e ser rejeitado por essas pessoas.
Não tenho medo desses olhares, mas tenho medo de me sentir infeliz com a minha mudança repentina.
Essa infelicidade ainda não apareceu, talvez porque ainda não dei o maior passo, este que me arrisco a fazer sem medos mas com insegurança.  

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