A Metamorfose de Franz Kafka

"Quando Gregor Samsa despertou, certa manhã, de um sonho agitado viu que se transformara, durante o sono, numa espécie monstruosa de insecto."

É deste modo que Kafka inicia a história de Gregor Samsa, um caixeiro-viajante "obrigado" que deixou de ter vida própria para suportar financeiramente todas as despesas de casa.

Numa manhã, ao acordar para o trabalho, Gregor vê que se transformou num inseto horrível com um "dorso duro e inúmeras patas". A princípio, as suas preocupações passam por pensamentos práticos relacionados com a sua metamorfose.

Depois, as preocupações passam para um estado mais psicológico e até mesmo sentimental. Gregor sente-se magoado pela repulsa dos pais perante a sua metamorfose. Apenas a irmã se digna a levar-lhe a alimentação, mas mesmo assim a repulsa e o medo também começam a se manifestar. A metamorfose de Gregor vai além da modificação física. É sobretudo uma alteração de comportamentos, atitudes, sentimentos e opiniões.

Gregor passa a analisar as coisas que o rodeiam com muito mais atenção. Outra metamorfose ocorre no seio familiar: o pai volta a trabalhar, a irmã (Grete) também arranja um emprego e passam a alugar quartos na própria casa onde habitam. As atitudes dos pais perante o filho retratam ao leitor a idéia que este era apenas o "sustento" da casa. A metamorfose de Kafka não conta apenas a história de um homem que se transformou num inseto. É sobretudo uma história de alerta à sociedade e aos comportamentos humanos. Nesta história, Kafka presenteia-nos com a sua escrita sui generis, retratando o desespero do homem perante o absurdo do mundo.

Interessante perceber que em nenhum momento da obra Gregor se dá conta realmente que se transformou num inseto. Apenas observa seus novos membros, órgãos e hábitos, mas com o tempo se acomoda na nova condição sem realmente entender no que se tornara.



quarta-feira, 16 de março de 2011

story board de grupo

Storyboard de grupo


Plano 1 - No 1º plano retrata-se o amor. Uma rapariga, com um vestido branco com remendos, mexe na sua cómoda, onde encontra memórias do seu amor (roupa, rosas, fotografias). Tira uma fotografia onde se encontra com a pessoa em que está a pensar e observa-a. A câmara foca a fotografia (zoom ou travelling) – plano geral.

Plano 2 - Como se a imagem da fotografia passa-se ao real, no 2º plano surgem as mesmas duas pessoas da fotografia, abraçadas (continuação do amor) – plano geral.

Plano 3 - No 3º plano retrata-se a amizade. Aparece um rapaz sozinho, com um ar triste e “desamparado” – plano geral.

Plano 4 - Foca-se a cara do rapaz (zoom ou travelling – grande plano). Depois, afasta-se a câmara (plano conjunto) e já se encontram ali os seus amigos, que surgem com latas de tinta e começam a meter-se com ele, com o intuito de o animarem, acabando assim a divertirem-se e a sorrirem (continuação da amizade).

Plano 5 - No 5º plano retrata-se o ódio. Surge um rapaz “normal”, sentado numa cadeira, com um espelho ao lado (plano geral). Nas mãos, tem um pote que começa a verter, deitando pós pretos, enquanto fixa a câmara com o olhar. Deixa cair este pote e baixa-se para apanhar o que caiu. De repente, olha para o espelho e a câmara foca a sua cara (grande plano), expressando surpresa e dor.

Plano 6 - Vê-se o espelho, em que aparece esse mesmo rapaz reflectido, de preto, com a cara um pouco preta também, acorrentado, e com uma expressão de ódio e controlo, mostrando assim aquilo em que o ódio o tornou e como o consome e controla a sua vida.

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